Como retirar um anel de um dedo inchado: técnica da linha
Diariamente, centenas de pessoas dão entrada nos plantões de hospitais Brasil afora com algum tipo de anel, aliança ou outros adornos presos em seus dedos (já me deparei com bacia de bicicleta, porcas e todo tipo de objeto que se possa imaginar, basta possuir um orifício). O quadro normalmente se repete, o que varia é a gravidade de cada situação: o dedo esta com algum grau de edema (inchaço) que impede a retirada do anel ou outro objeto de uma forma natural (digamos que somente puxando ou rosqueando). Em alguns casos mais graves, ha a exposição dos tecidos subcutâneo, muscular (a conhecida “carne viva”) e até ósseo.
Veja também >>> Não use alianças ou anéis durante o serviço
O fato é que esse tipo de ocorrência é de certa forma comum e quem acaba fazendo este serviço somos nos, bombeiros, pois nem todos hospitais possuem estrutura, capacitação ou paciência, digamos assim, para este tipo de procedimento que, de certa forma, é simples. As técnicas para a retirada de anéis são diversificadas. A menos agressiva é a conhecida técnica da linha ou cordão encerado, que pode evitar inclusive o corte ou destruição de uma peça de joalharia valiosa ou de grande estimação, obedecendo ao seguinte método:
1 - Usando uma agulha, um clip ou outra coisa qualquer que se julgue apropriado, passar um pedaço de fio dental (ou uma linha forte) por baixo do anel, e puxá-lo para a zona mais distal possível (Fig.a).
2 - Enrolar o pedaço distal do fio à volta do dedo, fazendo uma espiral com alguma pressão e aperto, até passar a zona inchada (Fig.b).
3 - Fixando a extremidade que se enrolou (a que está virada para a ponta do dedo), ir puxando lentamente a outra, desenrolando o fio, que vai empurrando o anel (Fig.c).
Na maioria dos casos o anel sai com muito pequeno, ou nenhum, desconforto e sem ter que se estragar a joia. O uso de um lubrificante pode ser necessário, mas nem sempre.
Ha ainda a alternativa de se utilizar um tesourão corta-a-frio, devendo ser feito com bastante cautela, para evitar ferimentos na vitima, como se percebe na imagem:
Se ainda não funcionar, geralmente em casos graves com alto grau de inchaço e queixa de dor insuportável pela vitima, impedindo qualquer movimento com a linha, uma outra opção pode ser utilizando um equipamento conhecido como micro-retifica (veja em Bombeiros do Maranhão retiram panela utilizando micro-retifica). Deve-se ter cautela no uso do equipamento e no aquecimento que ele causa ao atritar com o anel, devendo ser molhado o dedo da vitima para se evitar queimaduras. Para amenizar a dor e facilitar a aplicação desta e das outras técnicas, pode ser solicitada a aplicação de anestesia local pela equipe medica.
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Como retirar um anel de um dedo inchado: técnica da linha
Diariamente, centenas de pessoas dão entrada nos plantões de hospitais Brasil afora com algum tipo de anel, aliança ou outros adornos presos em seus dedos (já me deparei com bacia de bicicleta, porcas e todo tipo de objeto que se possa imaginar, basta possuir um orifício). O quadro normalmente se repete, o que varia é a gravidade de cada situação: o dedo esta com algum grau de edema (inchaço) que impede a retirada do anel ou outro objeto de uma forma natural (digamos que somente puxando ou rosqueando). Em alguns casos mais graves, ha a exposição dos tecidos subcutâneo, muscular (a conhecida “carne viva”) e até ósseo.
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O fato é que esse tipo de ocorrência é de certa forma comum e quem acaba fazendo este serviço somos nos, bombeiros, pois nem todos hospitais possuem estrutura, capacitação ou paciência, digamos assim, para este tipo de procedimento que, de certa forma, é simples. As técnicas para a retirada de anéis são diversificadas. A menos agressiva é a conhecida técnica da linha ou cordão encerado, que pode evitar inclusive o corte ou destruição de uma peça de joalharia valiosa ou de grande estimação, obedecendo ao seguinte método:
1 - Usando uma agulha, um clip ou outra coisa qualquer que se julgue apropriado, passar um pedaço de fio dental (ou uma linha forte) por baixo do anel, e puxá-lo para a zona mais distal possível (Fig.a).
2 - Enrolar o pedaço distal do fio à volta do dedo, fazendo uma espiral com alguma pressão e aperto, até passar a zona inchada (Fig.b).
3 - Fixando a extremidade que se enrolou (a que está virada para a ponta do dedo), ir puxando lentamente a outra, desenrolando o fio, que vai empurrando o anel (Fig.c).
Na maioria dos casos o anel sai com muito pequeno, ou nenhum, desconforto e sem ter que se estragar a joia. O uso de um lubrificante pode ser necessário, mas nem sempre.
Ha ainda a alternativa de se utilizar um tesourão corta-a-frio, devendo ser feito com bastante cautela, para evitar ferimentos na vitima, como se percebe na imagem:
Se ainda não funcionar, geralmente em casos graves com alto grau de inchaço e queixa de dor insuportável pela vitima, impedindo qualquer movimento com a linha, uma outra opção pode ser utilizando um equipamento conhecido como micro-retifica (veja em Bombeiros do Maranhão retiram panela utilizando micro-retifica). Deve-se ter cautela no uso do equipamento e no aquecimento que ele causa ao atritar com o anel, devendo ser molhado o dedo da vitima para se evitar queimaduras. Para amenizar a dor e facilitar a aplicação desta e das outras técnicas, pode ser solicitada a aplicação de anestesia local pela equipe medica.
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