Seja um bombeiro da Força Nacional
Ingressar na Força Nacional parece ser o sonho profissional de 09 entre 10 militares estaduais, pelo menos dentre os que ainda vibram e vivem a operacionalidade como a face mais importante e atrativa das nossas profissões. Há alguns anos, servir a este seleto grupo deixou de ser um privilégio restrito a policiais militares. Delegados de Polícia Civil e nós, bombeiros militares, também já temos nosso espaço mais que consolidado na Força Nacional. Antes do advento do atual Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) da Força Nacional, os poucos bombeiros que passaram por ali trabalhavam em missões policiais. Logicamente, não é esta a intenção de se destacar um efetivo exclusivo de bombeiros em um GBS. Hoje em dia, os quase 100 bombeiros que integram o GBS da Força Nacional dedicam-se exclusivamente à missões de bombeiro. A proposta da Senasp, ao que parece, é capacitar os bombeiros militares da Força Nacional para atuarem em eventos de grande magnitude, como em grandes desastres, que superem a capacidade de resposta estadual. Pois bem, deixando claro que os bombeiros que estão hoje na Força trabalham como bombeiros, vamos ao que interessa: o que eu devo fazer para ingressar e servir na Força Nacional?
Pré-requisitos
Além do rigoroso treinamento, para se integrar à Força Nacional de Segurança Pública, a Senasp adotou uma série de requisitos. São os seguintes:
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Ter idade entre 25 e 35 anos para cabos e soldados, e entre 25 e 40 anos para sargentos e oficiais.
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Ser oriundo de curso de formação de oficiais, ou equivalente, do quadro de combatente, no caso de oficiais.
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Possuir, no mínimo, 03 anos de experiência profissional na atividade operacional, não devendo estar afastado das atividades há mais de 01 ano.
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Ter disponibilidade para ser convocado para integrar a Força por período de até 90 dias, em data indeterminada.
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Ser combatente com especialização na área de socorros de urgência, ou técnico em emergência pré-hospitalar (paramédico), ou ter treinamento nestas áreas.
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Ser considerado apto em inspeção de saúde.
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Ter obtido, no mínimo, conceito “Muito Bom” em teste de aptidão física na corporação.
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Não estar respondendo a processo administrativo ou criminal em sua corporação ou na justiça comum.
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Ter facilidade de relacionamento pessoal.
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Estar classificado, no mínimo “bom”, em conceitos de comportamento dentro de suas corporações.
Se você se enquadrou nesse perfil, meu parabéns! Mas, não se empolgue muito. Agora é hora de começar. O processo de escolha dos bombeiros militares que participam do programa de treinamento é bastante rigoroso. O Ministério da Justiça envia ofício para todas as corporações militares do País, que escolhem, dentre os voluntários que se enquadram no perfil acima, aqueles que mais se destacam processo de seleção, que até onde sei, restringe-se a um teste de aptidão física, o famoso TAF. As provas adotadas deverão seguir o padrão estabelecido pela Força Nacional e os militares selecionados repetirão o teste no momento de sua apresentação no Batalhão de Pronto Emprego (BEPE). Por mais que ainda falem que no inicio do programa prevalecia a “indicação” ou “currículo” para se ingressar na Força, hoje em dia não há como se fugir desta etapa. Confira TAF completo do processo seletivo da Força Nacional clicando aqui.
O TAF foi moleza, você passou? É hora de já sonhar em ostentar na farda este belo brasão:
Veja também >>> Como ingressar e seguir a carreira de bombeiro militar
O aprovado no processo seletivo, dentro do número de vagas ofertadas para o seu estado (anualmente são 03, sendo que a vaga para oficial passa por uma espécie de rodízio entre os estados), deverá providenciar os seguintes itens, antes de arrumar as malas e seguir para o Distrito Federal:
- Ata de Avaliação de Saúde expedida pela Corporação;
- Ata de Avaliação Física expedida pela Corporação, conforme tabela do TAF do DFNSP;
- Ficha individual de assentamentos (folhas de alterações) expedida pelo Setor de Pessoal da Corporação;
- Certidão Negativa da Justiça Comum e da Justiça Militar ou Corregedoria;
- Declaração de conduta expedida pela Corregedoria e Seção de Inteligência do Estado Maior da Corporação.
- Cartão de vacinação atualizado com vacinas para febre amarela, tétano, hepatite A e B;
- Carteira Nacional de Habilitação, categoria B, com validade de 06 (seis) meses ou superior (no prazo de validade);
- Formulário de Adesão do Plano de Saúde AMIL (que será custeado pelo Governo Federal).
Capacitação
Os militares selecionados para compor o Batalhão de Pronto Emprego ficarão mobilizados pelo período de 01 (um) ano, podendo ser prorrogado por mais 30 dias, a contar do dia da viagem. Neste período, como reza a própria nomenclatura do batalhão, os militares da Força Nacional poderão ser empregados em qualquer missão que tenham sido designados, dentro da sua competência operacional (prioritariamente, as missões de bombeiro, repito). Aí perguntam, nesse meio termo, o que eles fazem? Resposta: treinam, treinam e treinam. Primeiramente, ao se apresentarem no BEPE, os militares são submetidos à Instrução de Nivelamento de Conhecimento, que funciona como uma espécie de “boas vindas” ao FN, abordando mais conteúdos de polícia, como tiro policial, controle de distúrbios, defesa pessoal e por aí vai. Fica aberto, então, um extenso programa de capacitação, planejado para ser aplicado durante o período em que cada turma estiver por lá. Dá só uma olhada na grade curricular para os bombeiros, que totaliza 1166 h/a:
Vantagens
Além da experiência única de estar entre um seleto grupo de militares de praticamente todos os estados do Brasil (são ofertadas pelo menos 03 vagas para todos os estados e o Distrito Federal), desfrutando de uma capacitação de alto nível e atuando em missões memoráveis, vale ressaltar a seguintes vantagens, vamos assim chamar, de servir à Força Nacional:
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Ajuda de custo (diárias): no período que estiver à disposição do BEPE, o Governo Federal é o responsável por custear as despesas do militar. E isto significa uma devida quantia em diárias de alimentação e pousada. Não sei ao certo, mas posso estimar em mais de 05 mil reais mensais.
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Plano de Saúde: como foi dito acima, o militar estará coberto por seguro saúde, quando empregado.
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Legado: Ao final do período de cessão dos militares à Força, o estado de origem recebe uma espécie de contrapartida em equipamentos operacionais, EPI’s etc. Acredito que isso faz parte de uma espécie de acordo ou termo de cooperação firmado entre os estados e o Governo Federal.
E aí, interessou? Pois é, passar um ano em uma rotina diferente e longe do conforto da família parece, ao mesmo tempo, desafiador e atrativo. Eu estive bem perto desse sonho. Em 2011, um lesão na coluna me impediu de atingir o índice máximo no teste físico e estar entre os 03 que representaram meu estado por um ano. Você entendeu bem, não bastar passar no teste. Geralmente, a disputada seleção nos estados está fazendo com que os candidatos tenham de tirar 10 (dez) em todas as provas. Pra mim só faltou um. Praticamente a base de analgésicos, mesmo me lesionando na intensa rotina de treinamentos que impus dias antes da prova, arrisquei a seleção, mas fiquei a uma nota 10 da vaga. E, quem diria, nos abdominais (faltaram só uns 06, eu acho). Na hora é difícil de engolir, mas depois a gente entende que tudo tem seu tempo. Ainda aguardo o rodízio das vagas e, quando a oportunidade novamente surgir, vou me jogar de corpo e alma novamente em busca desse sonho.
Ah, fiquem atentos! Normalmente a seleção ocorre por volta dos meses de agosto ou setembro.
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Seja um bombeiro da Força Nacional
Ingressar na Força Nacional parece ser o sonho profissional de 09 entre 10 militares estaduais, pelo menos dentre os que ainda vibram e vivem a operacionalidade como a face mais importante e atrativa das nossas profissões. Há alguns anos, servir a este seleto grupo deixou de ser um privilégio restrito a policiais militares. Delegados de Polícia Civil e nós, bombeiros militares, também já temos nosso espaço mais que consolidado na Força Nacional. Antes do advento do atual Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) da Força Nacional, os poucos bombeiros que passaram por ali trabalhavam em missões policiais. Logicamente, não é esta a intenção de se destacar um efetivo exclusivo de bombeiros em um GBS. Hoje em dia, os quase 100 bombeiros que integram o GBS da Força Nacional dedicam-se exclusivamente à missões de bombeiro. A proposta da Senasp, ao que parece, é capacitar os bombeiros militares da Força Nacional para atuarem em eventos de grande magnitude, como em grandes desastres, que superem a capacidade de resposta estadual. Pois bem, deixando claro que os bombeiros que estão hoje na Força trabalham como bombeiros, vamos ao que interessa: o que eu devo fazer para ingressar e servir na Força Nacional?
Pré-requisitos
Além do rigoroso treinamento, para se integrar à Força Nacional de Segurança Pública, a Senasp adotou uma série de requisitos. São os seguintes:
Se você se enquadrou nesse perfil, meu parabéns! Mas, não se empolgue muito. Agora é hora de começar. O processo de escolha dos bombeiros militares que participam do programa de treinamento é bastante rigoroso. O Ministério da Justiça envia ofício para todas as corporações militares do País, que escolhem, dentre os voluntários que se enquadram no perfil acima, aqueles que mais se destacam processo de seleção, que até onde sei, restringe-se a um teste de aptidão física, o famoso TAF. As provas adotadas deverão seguir o padrão estabelecido pela Força Nacional e os militares selecionados repetirão o teste no momento de sua apresentação no Batalhão de Pronto Emprego (BEPE). Por mais que ainda falem que no inicio do programa prevalecia a “indicação” ou “currículo” para se ingressar na Força, hoje em dia não há como se fugir desta etapa. Confira TAF completo do processo seletivo da Força Nacional clicando aqui.
O TAF foi moleza, você passou? É hora de já sonhar em ostentar na farda este belo brasão:
Veja também >>> Como ingressar e seguir a carreira de bombeiro militar
O aprovado no processo seletivo, dentro do número de vagas ofertadas para o seu estado (anualmente são 03, sendo que a vaga para oficial passa por uma espécie de rodízio entre os estados), deverá providenciar os seguintes itens, antes de arrumar as malas e seguir para o Distrito Federal:
- Ata de Avaliação de Saúde expedida pela Corporação;
- Ata de Avaliação Física expedida pela Corporação, conforme tabela do TAF do DFNSP;
- Ficha individual de assentamentos (folhas de alterações) expedida pelo Setor de Pessoal da Corporação;
- Certidão Negativa da Justiça Comum e da Justiça Militar ou Corregedoria;
- Declaração de conduta expedida pela Corregedoria e Seção de Inteligência do Estado Maior da Corporação.
- Cartão de vacinação atualizado com vacinas para febre amarela, tétano, hepatite A e B;
- Carteira Nacional de Habilitação, categoria B, com validade de 06 (seis) meses ou superior (no prazo de validade);
- Formulário de Adesão do Plano de Saúde AMIL (que será custeado pelo Governo Federal).
Capacitação
Os militares selecionados para compor o Batalhão de Pronto Emprego ficarão mobilizados pelo período de 01 (um) ano, podendo ser prorrogado por mais 30 dias, a contar do dia da viagem. Neste período, como reza a própria nomenclatura do batalhão, os militares da Força Nacional poderão ser empregados em qualquer missão que tenham sido designados, dentro da sua competência operacional (prioritariamente, as missões de bombeiro, repito). Aí perguntam, nesse meio termo, o que eles fazem? Resposta: treinam, treinam e treinam. Primeiramente, ao se apresentarem no BEPE, os militares são submetidos à Instrução de Nivelamento de Conhecimento, que funciona como uma espécie de “boas vindas” ao FN, abordando mais conteúdos de polícia, como tiro policial, controle de distúrbios, defesa pessoal e por aí vai. Fica aberto, então, um extenso programa de capacitação, planejado para ser aplicado durante o período em que cada turma estiver por lá. Dá só uma olhada na grade curricular para os bombeiros, que totaliza 1166 h/a:
Vantagens
Além da experiência única de estar entre um seleto grupo de militares de praticamente todos os estados do Brasil (são ofertadas pelo menos 03 vagas para todos os estados e o Distrito Federal), desfrutando de uma capacitação de alto nível e atuando em missões memoráveis, vale ressaltar a seguintes vantagens, vamos assim chamar, de servir à Força Nacional:
E aí, interessou? Pois é, passar um ano em uma rotina diferente e longe do conforto da família parece, ao mesmo tempo, desafiador e atrativo. Eu estive bem perto desse sonho. Em 2011, um lesão na coluna me impediu de atingir o índice máximo no teste físico e estar entre os 03 que representaram meu estado por um ano. Você entendeu bem, não bastar passar no teste. Geralmente, a disputada seleção nos estados está fazendo com que os candidatos tenham de tirar 10 (dez) em todas as provas. Pra mim só faltou um. Praticamente a base de analgésicos, mesmo me lesionando na intensa rotina de treinamentos que impus dias antes da prova, arrisquei a seleção, mas fiquei a uma nota 10 da vaga. E, quem diria, nos abdominais (faltaram só uns 06, eu acho). Na hora é difícil de engolir, mas depois a gente entende que tudo tem seu tempo. Ainda aguardo o rodízio das vagas e, quando a oportunidade novamente surgir, vou me jogar de corpo e alma novamente em busca desse sonho.
Ah, fiquem atentos! Normalmente a seleção ocorre por volta dos meses de agosto ou setembro.
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